Dimpna e a história da relação entre diabetes mellitus e AVC

Novidade sobre diabetes e AVC no cenário científico internacional revelam a visão e o poder do pequeno grupo de Neurologia instalado na Rua Padre Anchieta e no Hospital NS das Graças nos anos 1980.

Fui informado através do researchgate.com que um trabalho publicado recentemente em uma revista de ponta internacional, com o título de Evaluation of IScore validity in a Greek cohort of patients with type 2 diabetes, pelos autores Vasileios Dragoumanos, Konstantinos N Tzirogiannis, Georgios I Panoutsopoulos, Konstantinos Krikonis, Evangelos Fousteris, Maria Vourvou, Georgios Elesnitsalis, Nikolaos Melas, Kalliopi T Kourentzi and Andreas Melidonis, provenientes dos Department of Nursing, Faculty of Human Movement and Quality of Life Science, University of Peloponnese, Sparta, Lakonia, Greece, na revista BMC Neurology 2013, volume 13:121 Páginas de 2 a 7, que pode ser consultado em http://www.biomedcentral.com/1471-2377/13/121, traz a notícia de que um artigo publicado pelo grupo da Unidade de Neurologia Clínica, já então baseada na rua Padre Anchieta e no Hospital NS das Graças, é um dos artigos mais antigos de toda a literatura médica da era científica, documentada no Medline, sobre a importância do diabetes mellitus no prognóstico do AVC.

O artigo, dos autores Terezinha Valente Oliveira, Ana Marlene Gorz e Paulo Rogério Bittencourt, tem o título Diabetes mellitus as a prognostic factor in ischemic cerebrovascular diseases, e foi publicado em Arquivos de Neuropsiquiatria em 1988, volume 46(3): páginas 287–291.

Da mesma forma, foi em outras das várias encarnações da Unidade de Neurologia Clínica que foi introduzido o r-TPA, a polipílula, e outras condutas que precederam em muitos anos outras condutas previstas pela comunidade médica ou científica nacional e internacional. É com orgulho e tranquilidade que posso estender este olhar para o passado tão distante, e verificar que a contribuição daquela época persiste. A sensação ruim é que não parece que o país, o estado ou mesmo a cidade tenham progredido cientificamente nestes 30 anos. Ainda não temos um Nobel.

Dr Paulo Bittencourt ( artigo publicado em 21.03.2014, pequena atualização em 28.11.2017)