Francisco Raimundo Ewerton Quadros era do Maranhão, começou a carreira no Amazonas e Pará, e depois se especializou na Escola Politécnica no Rio de Janeiro, servindo ao exército brasileiro imperial em todo canto do enorme país, inclusive na Guerra do Paraguai. Na Revolução Federalista (1892–1895), assumiu o Distrito Militar de Curitiba, promoveu demissões de funcionários públicos, execuções sumárias, apropriações indébitas sobre falsas acusações, buscas e capturas de pessoas acusadas de colaborar com os sulistas. Acabou com a Tipografia Paranaense, o Banco Industrial e Mercantil, a Companhia Ferrocarril, a Sociedade Protetora do Ensino, a Associação Comercial, e o maior negócio de mate do mundo, tudo do Barão do Serro Azul, o principal contato da intelectualidade pacífica europeia e americana em Curitiba e no sul do Brasil; no mesmo tom, transformou o Theatro São Teodoro, propriedade dos Leão e Bittencourt, em prisão.
Seu maior legado foi o fuzilamento da elite intelectual e financeira imperial da cidade, incluindo Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul. Amigo e representante local de Floriano Peixoto, ao invés de responder aos crimes perpetrados, tornou-se Diretor do Arsenal de Guerra e Comandante da Escola Militar na Praia Vermelha no Rio de Janeiro, e foi reformado como Marechal em 4 de julho de 1895. Ganhou uma vida fora da caserna, foi professor da Escola Politécnica e do Liceu de São Cristóvão sobre Astronomia e presidente do Clube Militar, durante o governo de Prudente de Morais. Pode ter sido perdoado por ser militar ou por ter executado seus crimes em alguma forma de transe espírita. Como seria hoje em dia por stress pós-traumático. É claro que esta história pode ter sido inventada para Ewerton Quadros não pagar por seus crimes, que foram se acumulando durante sua vida militar.
O Marechal Ewerton Quadros era um homem sanguinário, que tinha a cobertura do exército brasileiro e não respondia a nenhum tribunal. Mas consta que deixou registrados vários fenômenos espíritas que se manifestavam por seu intermédio desde os oito anos de idade, como a mediunidade e a psicografia. Fundou o grupo Humildade e Fraternidade, no Rio. Publicou na revista da Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade o estudo “O Magnetismo na Criação”, a poesia “O Redivivo”, e a página poética “Morrer é deixar a ilusão pela verdade”. Publicou, do ponto de vista espírita, História dos Povos da Antiguidade, até a vinda do Messias; Os Astros, estudos sobre a Criação; Conferência sobre O Espiritismo, seu lugar na classificação das ciências; As manifestações do sentimento religioso através dos tempos; Catecismo Espírita, dedicado às meninas.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre e outros artigos achados no Google em fim de setembro e início de outubro de 2017. Parte do texto foi copiado da wikipedia. Para juntar tudo foi usado bastante de minha cultura pessoal. Este artigo é ligado ao próximo neste mesmo site.
Dr Paulo Bittencourt