Terá sido de diabetes e gravidez a primeira publicação médica científica paranaense?

Dr Paulo OM de Bittencourt

Achei uma publicação de diabetes e gravidez ao fazer uma busca de minhas publicações indexadas no PubMed! Este é o serviço de indexação de publicações científicas médicas da National Library of Medicine Americana, o mais respeitado do planeta, e logo vi que só podia ser uma publicação do meu pai. É provável que tenha sido resultado de um estágio em São Paulo, quando ainda estava se especializando em Obstetricia, ao voltar de Ourizona, no norte do Paraná. Esta suspeita é forte porque os co-autores não são conhecidos. Desde então já coloquei em facebook e no meu site várias vezes, e ninguém disputou minhas alegações, que devem então ser verdadeiras.

Diabetes and pregnancy. Official report presented at the XIVth Brazilian Session of Gynecology and Obstetrics. December, 1964, São Paulo. de Souza Filho JA, Lima MA, de Magalhães Neto JM, Bittencourt P. Matern Infanc (Sao Paulo). 1965 Oct-Dec;24 (4):475-500. Portuguese. No abstract available. PMID: 5896514 [PubMed – indexed for MEDLINE]

O Dr Paulo Orlando Mader de Bittencourt teve na década de 60 o que foi a primeira unidade de cuidados intensivos do Paraná, atendendo mulheres grávidas com eclâmpsia, na Maternidade Victor do Amaral, da qual era o Diretor. O pediatra era o amigo dele, Dr Plinio de Mattos Pessoa. Tenho de idéia que o anestesista era outro amigo, Dr Amadeu Beduschi, e que o modelo ele tinha aprendido em uma viagem à África do Sul. Era simples que houvessem muitos casos de diabetes e gravidez por ali, embora a tônica fosse hipertensão arterial, muito mais grave.

Ele preferia que o nome da doença fosse Moléstia Hiperensiva Específica de Gravidez. Não consegui achar nem esta nem outras publicações de paranaenses de meu conhecimento nos serviços de indexação usuais antes desta data ou na época. Portanto, o Dr Paulo Orlando pode ter sido um pioneiro científico, intensivista, clínico e obstetra.

Como filho mais velho que sempre soube que seria médico, eu vivia no hospital. Tocava acordeon nas festas de qualquer coisa que houvesse. Aos poucos, com a entrada na faculdade, sua doença piorando, passei a estar presente em alguns momentos clínicos e cirúrgicos, mas não tantos quanto ele queria.

Paulo Rogério Mudrovitsch de Bittencourt

Dr Paulo Orlando Mäder de Bittencourt – 90 anos

28.09.2017          19h30    Bar Palácio         Curitiba

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